domingo, 20 de junho de 2010

Pacientes renais correm sérios riscos e desconhecem estes!

Um terço dos pacientes renais estão expostos a riscos no Brasil

sexta-feira, 18 de junho de 2010, às 10h19
Quase um terço, mais exatamente 31,25%, dos pacientes renais brasileiros estão expostos a riscos de infecção, internação e inclusive de morte. A afirmação é de Gisele Macedo, autora de dissertação de mestrado em Saúde Pública, defendida na Faculdade de Medicina da UFMG. Para o trabalho, ela analisou população de 25.557 pacientes que iniciaram tratamento hemodialítico entre 2000 e 2004, pelo SUS.
Segundo a pesquisadora, 80% dos pacientes com doenças renais crônicas que começam o tratamento usam um tubo, o cateter, que deve ser temporário A recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, é de que o prazo máximo para uso de “acesso de emergência” seja de 90 dias. Apesar disso, “25% de todos os pacientes em tratamento com o cateter no Brasil estão permanecendo,em média, quatro meses com ele. Um mês a mais correndo riscos desnecessários”, afirma a autora. Ela avalia ainda que esses númros escondem uma realidade mais séria. “Foram observados casos extremos, em que o paciente chegou a ficar até quatro anos com o cateter”, alerta.
“O correto seria encaminhar esses pacientes rapidamente para a confecção de um acesso vascular permanente, chamado fístula artério-venosa, ou FAV”, esclarece a professora da Faculdade de Medicina Mariângela Leal Cherchiglia, orientadora da dissertação. Além da demora no encaminhamento, as pesquisadoras afirmam que há número insuficiente de profissionais no SUS para fazer a FAV. Elas observam também que os próprios portadores das doenças renais não exigem dos médicos esse encaminhamento, pois desconhecem sua necessidade. Gisele Macedo defende que a divulgação ampla "desse fato é muito importante para que o cidadão possa exigir os seus direitos.
Demora
A doença renal crônica tem como causas, a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. Por conta dessa conexão, boa parte dos pacientes já está sendo atendida por centros de saúde. Segundo as pesquisadoras, esse atendimento poderia evitar ou retardar a chegada do paciente renal à condição de doente terminal.
“Estudos mostram que a população frequenta os centros de saúde, mas, pelo que tudo indica, os médicos não estão se lembrando de monitorar o funcionamento dos rins”, alerta Eli Iola Gurgel. Para reverter o quadro, o grupo defende a criação de campanhas de incentivo ao monitoramento do funcionamento renal, para pacientes e profissionais de saúde.
Além disso, é sugerida a utilização do período entre a entrada do paciente na clínica de diálise até o dia da confecção do acesso vascular permanente (FAV) como indicador de qualidade que possibilite o monitoramento desses serviços. "Acredito que, assim, as clínicas de hemodiálise se esforcem para diminuir esse prazo”, conclui Gisele Macedo.


sábado, 12 de junho de 2010

Vacinação contra a H1N1 na campanha contra a poliomielite.




Além da vacinação contra a poliomielite, para quem por algum motivo não pode se vacinar contra a gripe popularmente conhecida como gripe suina, haverá vacinação para os pais que estiverem na faixa etária de 20 a 39 anos. Essa vacinação só vai acontecer nas unidades de saúde, e não nos postos volantes.
Além desses adultos, as crianças entre 2 e 4 anos, também poderão tomar essa vacina.
Os locais de vacinação - unidades de saúde, praças, escolas, igrejas e outros - funcionarão das 8h às 17 horas.
Segundo a Secretaria municipal de Saúde, neste ano, aproximadamente cinco mil profissionais estão envolvidos na campanha.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Anticorpo plástico.



Biotecnologia

Primeiros anticorpos de plástico do mundo salvam a vida de camundongos

11 de junho de 2010
(Foto: Getty Images)
Anticorpos feitos de plástico salvaram a vida de camundongos infectados com veneno de abelha - é a primeira vez que a técnica funciona em animais. A notícia foi publicada na revista New Scientist.
O químico Kenneth Shea, da Universidade da Califórnia, líder da pesquisa, disse que este é o primeiro passo para a produção personalizada de anticorpos que serviriam à medicina desde a cura de envenenamentos até o combate a infecções.

Anticorpos naturais são produzidos pelo sistema imunológico dos seres humanos para atacar determinado antígeno. Da mesma maneira, os anticorpos de plástico contém cavidades moldadas na forma e tamanhos exatos às moléculas que devem ser capturadas - nesse caso, a melitina, o agente ativo do veneno de abelha.

A equipe da Universidade da Califórnia conseguiu fabricar anticorpos de plástico por meio de um processo chamado "impressão molecular". Eles usaram um catalisador para estimular a formação de polímeros em volta das moléculas do veneno de abelha. Depois disso, dissolveram o veneno e, no lugar, ficaram cavidades idênticas em tamanho e forma às moléculas de melitina.

Shea injetou as nanopartículas de plástico em camundongos 20 segundos após terem sido infectados com o veneno de abelha. De acordo com o estudo, 60% dos animais sobreviveram e todos aqueles que não receberam a injeção morreram. Os anticorpos de plástico foram destruídos pelo fígado dos camundongos. "Concluímos que nanopartículas de polímero são eficazes em capturar melitina na corrente sanguínea", escreveu Shea e seus colegas no artigo publicado no Journal of the American Chemical Society. 
Philipp Holliger, do laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, Inglaterra, disse que os anticorpos de plástico executam algumas das funções exercidas pela contrapartida natural - capturar toxinas e enviá-las ao fígado para destruição. "Essas propriedades fazem deles alternativas atraentes para o desenvolvimento de antídotos em muitos tratamentos", explicou.

No entanto, Holliger tem dúvidas se os anticorpos de plástico poderão desempenhar outras funções importantes exercidas pelos anticorpos naturais, como aparelhar o sistema imunológico para combater infecções futuras. Ao contrário dos anticorpos naturais, as nanopartículas de plástico não conseguem se comunicar com outras células e componentes do sistema imunológico.

                                                                                                                        Fonte: Revista Veja.(11/06)