quarta-feira, 26 de maio de 2010

O ouro pode causar grande alivio para a nanotecnologia com base na cura do cancêr.


               A nanotecnologia é uma das áreas mais populares da pesquisa científica, especialmente no que diz respeito às aplicações médicas. Já discutimos alguns dos novos métodos de detecção que poderiam fazer diagnósticos de câncer mais baratos, rápidos e menos invasivos. Mas, uma vez que o diagnóstico é feito, ainda existe a possibilidade de cirurgia, tratamento com quimioterapia ou com radiação para destruir o câncer. Infelizmente, esses tratamentos podem provocar sérios efeitos colaterais. A quimioterapia pode causar uma série de incômodos, incluindo perda de cabelo, problemas digestivos, náuseas, falta de energia e feridas na boca.


A nanotecnologia pode levar a avançados tratamentos de câncer, mas alguns especialistas
estão preocupados 
com essa tecnologia caso não seja comprovada sua eficácia
               Mas os nanotecnólogos pensam que têm uma resposta para o tratamento, e que ela chega na forma de terapias dirigidas com drogas. Se os cientistas pudessem carregar suas nanopartículas de ouro detectoras de câncer com os medicamentos anticâncer, eles poderiam atacar o câncer exatamente onde está. Tal tratamento significa menos efeitos colaterais e menos medicamentos usados. As nanopartículas também têm o potencial dos medicamentos dirigidos e de liberação gradativa. Uma dose forte de medicamentos poderia ser aplicada a uma área específica, mas programada para fazer a liberação durante um período planejado, de modo a garantir máxima efetividade e segurança do paciente.
               Esses tratamentos visam tirar proveito da força da nanotecnologia e das tendências insaciáveis das células do câncer, que destroem qualquer coisa à vista, incluindo as nanopartículas carregadas de medicamentos. Um experimento desse tipo usou células de bactérias modificadas que tinham 20% do tamanho das células normais. Essas células foram equipadas com anticorpos que se prenderam às células do câncer antes de liberar os medicamentos anticâncer que continham.
              Outras nanopartículas foram utilizadas como acompanhantes de outros tratamentos. Essas partículas foram absorvidas pelas células do câncer, e essas células foram, então, aquecidas com um campo magnético para que enfraquecessem. As células do câncer enfraquecidas ficaram muito mais suscetíveis à quimioterapia.
              Pode parecer estranho, mas a tinta de sua calça jeans ou de sua caneta esferográfica também foi associada às nanopartículas de ouro para combater o câncer. Essa tinta, conhecida como ftalocianina, reage com aluz. As nanopartículas levam a tinta diretamente às células do câncer, enquanto as células normais a rejeitam. Uma vez que as partículas estão dentro das células cancerosas, os cientistas "ativam-nas" com luz para destruir o câncer. Havia terapias semelhantes para tratar os cânceres de pele com tinta ativada por luz, mas os cientistas agora estão trabalhando para usar as nanopartículas e a tinta para tratar tumores mais profundos no corpo.
              Da fabricação de medicamentos a muitos tipos de pesquisas científicas, as nanopartículas são mais comuns agora, mas alguns cientistas mostraram certa preocupação com seus efeitos negativos à saúde. O pequeno tamanho das nanopartículas permite que elas se infiltrem em praticamente qualquer lugar. Isso é ótimo para o tratamento contra o câncer, mas potencialmente prejudicial às células saudáveis e ao DNA. Existem também questões sobre como descartar as nanopartículas usadas na fabricação ou em outros processos. São necessárias técnicas especiais de descarte para evitar que as partículas nocivas acabem no abastecimento de água ou no ambiente em geral, onde seriam impossíveis de se controlar.
             As nanopartículas de ouro são uma escolha comum para a pesquisa médica, o teste diagnóstico e o tratamento contra o câncer, mas existem vários tipos de nanopartículas em uso e em desenvolvimento. Bill Hammack, um professor de Engenharia Química da Universidade de Illinois, informou que as nanopartículas são "tecnologicamente maravilhosas" [Fonte:Marketplace (site em inglês)]. Em outras palavras, os cientistas estão tão envolvidos no que eles podem fazer que nem estão perguntando se podem fazê-lo. O FDA (Food and Drug Administration) tem uma equipe na nanotecnologia, mas, até o momento, o governo não manifestou muito interesse ou regulamentação.

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