domingo, 24 de outubro de 2010

Japão, EUA e Brasil formam consórcio para pesquisar robótica biológica

O Instituto Internacional de Pesquisa Avançada em Telecomunicações (ATR, na sigla em inglês), em Kyoto, no Japão, acaba de iniciar colaborações com um consórcio de centros de neurociência no Brasil, Estados Unidos e Suíça, que estudam a criação de próteses neurais baseadas na interface entre cérebro e máquina.
O objetivo da colaboração, segundo o diretor do Departamento de Robótica Humanóide e Neurociência Computacional do ATR, Gordon Cheng, é criar robôs e dispositivos robóticos que poderão ser controlados pelo cérebro de pacientes com paralisia corporal.

Além do ATR, participam do consórcio o Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke (Estados Unidos) e o Instituto do Cérebro e da Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça).

No Brasil, as três entidades certificadas são o Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS)e, Natal, o Laboratório de Neuroengenharia, coordenado pelo Hospital Sírio-Libanês (HSL) e a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio a Pesquisa (AASDAP), ambos de São Paulo.

Atualmente, os sistemas desenvolvidos pelo grupo de Cheng são inspirados inteiramente em modelos biológicos.

“Um humano andando na rua, conversando e olhando as vitrines das lojas parece algo banal, mas é muito mais sofisticado do que todos nossos avanços em robótica. Por isso, procuramos essa cooperação com a neurociência”, disse.


Gordon vê como próximo passo um olhar mais próximo à interação entre humanos e autômatos.

“Além de integrar melhor atividades cognitivas, sensoriais e motoras, precisamos aproximar os robôs dos comportamentos humanos e torná-los aptos à interação. Isso será um passo fundamental para introduzir os robôs nas casas, em hospitais e em outros ambientes.”

A cooperação com o consórcio de neurociências ainda está na fase inicial de planejamento, mas a integração das linhas de pesquisa é considerada fundamental para realizar o sonho das próteses robóticas.

Um comentário:

  1. Vou deixar minha opinião aqui como comentário. Este pode ser um dos processos mais longos dos estudos científicos. Poder ter acesso a este mecanismo pode levar mais de vinte anos, talvez até bem mais que isto. O que da pra ter certeza é que não é impossível. Espero que a equipe nos surpreenda num tempo recorde... Quem sabe nos próximos dez anos.

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